Gêneros discursivos: “Os gêneros discursivos são unidades de sentido com propósitos comunicativos, pois manifestam diferentes intenções do autor: informar, convencer, seduzir, entreter,... e priorizam a comunicação e o intercâmbio sócio-cultural, que advém de processos cognitivos e conhecimentos acumulados ao longo de sua história."
• Os gêneros discursivos são advindos das diversas esferas sociais do conhecimento que fornecerá subsídios como um objeto de estudo. Essa esfera de comunicação possibilita organização da progressão curricular por gêneros textuais, tais como:
ALGUMAS ESFERAS DAS PRÁTICAS DE LINGUAGEM
ESCOLAR, RELIGIOSA, PUBLICITÁRIA, JORNALÍSTICA, CIENTÍFICA, COTIDIANA, CRIAÇÃO LITERÁRIA, ETC.
Segundo Bakthin:
- o conteúdo temático é o sentido, o assunto, que determinado gênero aborda;
- a construção composicional é a maneira de se estruturar o texto, diz respeito à forma;
- o estilo diz respeito a particularidade de cada texto.
Definições importantes:
Forma Composicional
Forma(s) de organização/ estruturação global dos textos pertencentes àquele gênero;
Partes típicas dos textos pertencentes àquele gênero e suas relações/formas de conexão (multimodalidade).
Estilo
Seleção dos recursos da língua: Lexicais, fraseológicos, gramaticais, discursivos, etc.
Tema é... (Bakhtin/Volochinov, 1929) “O «tema» é um sistema de signos dinâmicos e complexo. A «significação» é um aparelho técnico de realização do tema”
(Bakhtin/Volochínov, 1929: 143).
Os discursos prescritivos oficiais para a adoção das práticas discursivas como objeto de ensino e aprendizagem: 1997 a 2009...
PCNs
Diretrizes Curriculares do Paraná (DCE)
Matrizes Curriculares para a Prova Brasil e SAEB
Descritores para a Prova Brasil
Vestibulares
ENEM
Olimpíada Nacional de LP (MEC)
Olimpíada Nacional de Língua Portuguesa: CENPEC / MEC
Formação de professores nos anos ímpares;
Implementação de sequências didáticas (DOLZ) nos anos pares;
SD com os seguintes gêneros textuais para 2010:
Poema
Crônica
Memória literária
Artigo de opinião
Onde a noção de gênero discursivo está implícita?
Informações essenciais para ser um leitor competente
- Entender um texto é encontrar as pistas enunciativas, ou seja, nas entrelinhas.
- Há uma diferença entre a chamada “leitura crítica”, a interpretação de um texto escrito em relação às suas condições de produção, e a “leitura passiva”, a simples decodificação de sinais e informações superficiais de um texto. Esta última prática foi, por muito tempo, aceita como o único modo de leitura textual.
- A leitura crítica pressupõe a presença de um leitor crítico. Ou seja, uma pessoa não apenas capaz de “agir”, mas principalmente de “interagir” com a sociedade em que vive; um indivíduo ciente de seus direitos e deveres e, por isso mesmo, em condições de transformar o seu meio social.
Passos da leitura de base Semiótica
Orientações basilar para análise de um objeto de estudo
A - FAZER-SABER: E a superficialidade do texto (intentio autoris).
1ª etapa – Exploração das informações presentes na superfície discursiva de um texto escolhido para objeto de estudos, como: fatos narrados, ideias, opiniões, impressões, sentimentos, comentários etc. Trata-se, portanto, da decodificação das informações explícitas do texto.
B - FAZER- CRER: O que o texto está dizendo? (Intentio operis)
2ª etapa – O plano de expressão, de quaisquer gênero discursivo (por exemplo, uma novela em episódios) deve-se ter como base o desvelamento das significações no plano de conteúdo, que são as pistas enunciativas.
- Essas análises perpassam pelo percurso gerativo de sentidos dos enunciados de modo a explicitar as informações implícitas dos textos e, por extensão, a motivação ideológica do texto.
- Questões discursivas de acordo com a competência leitora do educando de acordo com os níveis de compreensão, análise e interpretação.
C. FAZER- FAZER: - Ideologia do leitor (Intentio lectoris) - É quando convido o aluno a expressar sobre o texto.
- 3ª etapa – Nessa última etapa importará a opinião do leitor sobre o texto e a sua (re) contextualização aos temas abordados. Tais temas devem ser selecionados de forma a explorar a imanência das ideias valorativas do discurso analisado.
- A contextualização dos valores deve ser trabalhada com o uso de intertextos e TICs. Elas contribuirão para aguçar e despertar o senso crítico e reflexivo do alunado e para transposição desses conhecimentos a sua vida em sociedade.
Obs.: Sugestões de leitura dentro da teoria semiótica de J. L. Greimas ( linha francesa).
REFERÊNCIAS
BARROS, D.L.P. Teoria do discurso. 3.ed.São Paulo:Humanitas/FFLCH/USP,2002.
______. Teoria semiótica do texto. 4. ed. São Paulo: Ática, 2003.
FIORIN, José Luiz e SAVIOLI, Francisco Platão. Lições de texto: leitura e redação. 5.ed. São Paulo: Ática,. 2006.
______. Para entender o texto – Leitura e Redação. São Paulo: Ática, 1999.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
Fonte: a autora.
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