HISTÓRICO - Em 1971 com a nomenclatura de Ginásio Estadual de São João do Ivaí e sob a Direção de Elena Elisa de Souza Fróes a Escola passa denominar-se Escola Estadual Arthur de Azevedo em homenagem a Arthur Nabantino Gonçalves de Azevedo. A escolha se prende ao fato de o mesmo ser um ilustre brasileiro e incansável trabalhador na busca de seus ideais. Nasceu em São Luis - M. A. em 07 de julho de 1855. Preparado pelo pai para o comércio, no entanto, desde muito cedo seguiu a vocação literária.
Aos quinze anos, já havia composto várias peças e aos 17 anos lançou em São Luiz O. Domingo, o primeiro dos vários periódicos de que foi fundador. Incompatibilizado com os chefes políticos e a sociedade maranhense, após publicar no Livro Carapuças (1871) uma série de poemas satíricos mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como revisar o tradutor de folhetins. Sua paródia da ópera francesa La Fille de Madome Angu (1876), abriu-lhe as portas do sucesso no palco, do qual jamais se afastaria como autor, tradutor e animador.
O teatro musicado introduziu-se no Brasil através das operetas e revistas de Arthur de Azevedo, como O Mandarim (1884), Cocota (1885), O Bilontra (1886), que alcançou enorme popularidade e longa permanência em cartaz. São aparências, temperadas pelo sentido cômico das situações que criava, o teatrólogo submeteu a sociedade da época a críticas ainda mais contundentes nas dezenas de comédias que escreveu com incansável: Horas de Humor, A Jóia, A Almanjarra, Entre o Vermute e a Sopa, A Capital Federal, O Badejo, O Mambembe, O Dote, entre outras.
Paralelamente ao teatro, desenvolveu intensa atividade jornalística. Fundou periódicos com a Revista dos Teatros, a Gozetinha, O Álbum e, usando às vezes pseudônimo. Colaborou nos principais jornais cariocas de seu tempo, como O País, Diário de Notícias e Correio da Manhã. Tendo escrito em versos rimados, em que era mestre, várias de suas peças, usou essa mesma técnica em infindáveis sátiras que publicou originalmente em jornais. Em poesia ou prosa ligeira, seus comentários às questões cotidianas despertaram tanto interesse quanto as criações da ribalta.
A coleta em livros da produção esparsa na imprensa permitiu vida mais longa a sua obra de ficcionista e poeta de circunstância, constituída por títulos como Contos possíveis (1889), Contos fora da moda (1893), Contos efêmeros (1897) e, em publicação póstuma, Contos em versos (1909), Contos cariocas (1928) e Vida alheia (1929).
Essa parte de sua obra conserva certo sabor, pela fluência e rapidez telegráfica do estilo, mas foi por suas comédias de costumes – reencenadas com êxito ainda um século depois – que o grande satírico entrou para a posteridade. Membro fundador da Academia Brasileira de Letras, Artur de Azevedo morreu no Rio de Janeiro em 22 de outubro de 1908.
Ao observar que ainda adolescente Artur de Azevedo prima pela sua vocação e busca a realização de seus ideais, fez com que em 1971 prestasse uma homenagem, pelo exemplo de trabalho e luta, pela contribuição a literatura brasileira. (Texto escrito pelo professor Amador X. de Carvalho)
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