- Paisagem Interior (1941)
- Música Submersa (1945)
- A Sombra no Rio (1951)
- Poesias Completas (1962)
- Vida Breve (1965)
- Era Espacial e Trilha Sonora (1966)
- Antologia Poética (1967)
- Tempo (1970)
- Correnteza (1977, seleção de poemas publicados até esta data)
- Infinito Presente (1980)
- Poesias Escolhidas (1983, traduções de seus poemas para o ucraniano)
- Sempre Palavra (1985)
- Poesia Mínima (1986)
- Viagem no Espelho (1988, reunião de vários livros já publicados)
- Ontem, Agora (1991)
- Reika (1993)
- Sempre Poesia (1994, antologia poética)
- Caixinha de Música (1996)
- Luz Infinita (1997, edição bilíngüe).
- Sinfonia da Vida (1997, antologia poética com depoimentos da poetisa)
- Helena Kolody por Helena Kolody (1997, CD gravado para a coleção Poesia Falada)
- Poemas do Amor Impossível (2002, antologia poética)
- Memórias de Nhá Mariquinha (2002, obra em prosa)
1912
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Nasce
em Cruz Machado, Paraná. Primeira brasileira de família de imigrantes
ucranianos. Pais: Miguel e Vitória Kolody.
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1928
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O poema
A Lágrima é seu primeiro trabalho publicado, na revista O Garoto,
editada por estudantes em Curitiba.
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1930
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A
revista Marinha, de Paranaguá (PR), passa a publicar seus poemas.
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1931
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Professora
normalista pela Escola Normal Secundária de Curitiba.
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1937
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Passa a
lecionar na Escola Normal de Curitiba (futuro Instituto de Educação), onde
ficará por mais de 23 anos, interrompidos apenas por um ano quando vai a
Jacarezinho (Escola de Professores).
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1941
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Publica
o primeiro livro: Paisagem Interior (contendo 45 poemas, dentre os
quais três haicais).
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1942
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O
Concurso de Poesia da Sociedade de Homens de Letras do Rio de Janeiro,
classifica Paisagem Interior em 2o lugar.
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1945
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Publica
Música Submersa. Entre os poemas, o haicai Pereira em Flor.
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1947
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Presta
concurso público federal para Inspetora Federal de Ensino Secundário do MEC.
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1949
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O livro
A sombra no rio classifica-se em 3o lugar em Concurso de Livros do
Centro de Letras do Paraná. O livro será publicado em 1951.
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1950
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Sai a
segunda edição de Paisagem Interior.
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1957
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Sai a
segunda edição de A sombra no rio.
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1959
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Publicam
Trilogia, reunião de suas obras em separata de Um Século de Poesia,
do Centro Paranaense Feminino de Cultura. Participa da Antologia da Literatura
Ucraniana, Rio de Janeiro.
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1962
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Homenageiam
seus 30 anos de magistério e o aniversário de 50 anos, com a publicação de
suas Poesias Completas. Faz o prefácio para a obra Tarás
Chevtchenko: o poeta da Ucrânia, Curitiba.
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1964
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Publica
Vida Breve. Terra Boa (PR) lhe dá o título de Cidadã Honorária.
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1965
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A
autora seleciona 20 Poemas das quatro primeiras obras. Poemas seus são
musicados e apresentados no Rio de Janeiro.
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1966
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Publica
Era Espacial e Trilha Sonora, dois livros em um.
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1967
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Publica
Antologia Poética, organizada pela autora. Aposenta-se do MEC.
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1970
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Publica
Tempo.
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1977
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Publica
Correnteza (reunião de seleção da maioria dos livros anteriores).
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1980
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Publica
Infinito Presente.
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1983
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Sai Poesias
Escolhidas - uma tradução ao ucraniano de poemas, pela Sociedade dos
Amigos da Cultura Ucraniana, de Curitiba. O Instituto de Educação do Paraná
dá o nome da autora a uma de suas salas em sua homenagem.
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1984
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Primeira
Tese sobre a poesia da autora é realizada por Maria de Lourdes Martins: O
infinito como motivo poético em Helena Kolody, Mestrado em Letras da
Universidade Católica do Paraná.
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1985
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Publicam
Sempre Palavra (Edições Criar). Recebe o Diploma de Mérito
Literário da Prefeitura de Curitiba.
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1986
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Publicam
Poesia Mínima. Sai a segunda edição de Sempre Palavra.
Participa da entrevista pública Um Escritor na Biblioteca (da
Biblioteca Pública do Paraná, que publica um livro com a entrevista).
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1987
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Recebe
o título de Cidadã Honorária de Curitiba. É homenageada pela Feira do
Poeta de Curitiba.
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1988
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Publicam
Viagem no Espelho, reunião de quase todos os seus livros. A Secretaria
da Cultura do Paraná institui o Concurso Nacional de Poesia "Helena
Kolody" (que acontece todos os anos).
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1989
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Gravam
e publicam em livreto seu depoimento para o Museu da Imagem e do Som do
Paraná. Torna-se patronesse das cadeiras do Centro Paranaense Feminino
de Cultura.
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1990
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Poemas
seus são transformados no espetáculo de teatro Helena, uma mulher.
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1991
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Publicam
Ontem, Agora com poemas inéditos, pela Secretaria da Cultura do Paraná
(o livro é todo manuscrito). Eleita para a Academia Paranaense de Letras.
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1992
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O
cineasta Sylvio Back faz um filme em 35 mm, A Babel de Luz, em
homenagem aos 80 anos da poeta. O filme ganha o prêmio de melhor curta e
melhor montagem, do 25o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
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1993
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O
professor Antônio Donizeti da Cruz, da Unioeste (Universidade Estadual do
Oeste do Paraná), defende a Tese de Mestrado Helena Kolody, a poesia da
inquietação. Recebe a Outorga de nome haicaísta: Reika, concedido
pela Comunidade Nipo- Brasileira de Curitiba. Publicam Reika pela
Fundação Cultural de Curitiba.
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1994
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Publicam
Sempre Poesia - Antologia Poética, pelas Livrarias Curitiba.
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1995
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Publicam
Helena Kolody (estudo e entrevista para a série Paranaenses n. 6,
editora da UFPR). Sai a segunda edição de Viagem no Espelho, pela editora
da UFPR, acrescentados de Ontem, Agora e Reika.
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1996
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Publicam
Caixinha de Música, pela Secretaria da Cultura do Paraná.
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1997
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Publicam
Luz Infinita pela Biblioteca Ucranianos, edição bilíngüe. Sai a
terceira edição de Viagem no Espelho pela editora da UFPR. Publicam Sinfonia
da Vida - antologia poética, com depoimentos da autora, pelo Pólo
Editorial do Paraná e Editora Letra Viva. Sai o CD Helena Kolody por
Helena Kolody (coleção Poesia Falada vol. 4 - Luz da Cidade). Marly
Catarina Soares defende a Tese de Mestrado Helena Kolody, uma voz
imigrante na poesia paranaense, pela Unicamp (Universidade de Campinas).
Grava para o rádio e TV o programa Memória Paranaense (Rádio
CBN/Fundação Inepar).
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2001
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Publicam
Haikais, coletânea de seus haicais, pela Criar edições.
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2002
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Publicam
Poemas do Amor Impossível (antologia organizada pelo editor Roberto
Gomes da Criar edições). Publicam Memórias de Nhá Mariquinha, sua obra
em prosa, narrativas que lembram as de Cora Coralina, pelo Museu do Tropeiro
de Castro (PR). A Biblioteca Pública do Paraná realiza uma exposição em
homenagem aos 90 anos da autora.
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2003
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A
Universidade Federal do Paraná homenageia a autora com o título de Doutora
Honoris Causa.
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2004
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Morre
em fevereiro.
Haicai
[...]
O haicai é uma forma de poesia japonesa, pequeno poema de três versos,
com cinco, sete e cinco sílabas sucessivamente. Ele evoca uma singela e
delicada impressão do mundo, da natureza, do homem, das plantas ou dos
animais; às vezes com um refinado toque de lirismo de caráter
melancólico ou nostálgico, outras, com um rasgo de ligeiro humor
(HUIZINGA, 1990: 138).
[...]
Os poemas de Reika exploram basicamente uma das vertentes
temáticas preferidas da poesia de Helena: o poeta diante de si mesmo e da
poesia. Ela é poeta vigorosa que concilia perfeitamente a experiência da
subjetividade com a objetividade, ou seja, emoção e razão, atualizando-se pelo
nítido espírito de modernidade. Sua linguagem é densa de significação.
Seus versos são repletos de significados, sugestões e imaginação, que resultam numa poesia intelectual e emotiva, marcada pela síntese e pela moderna procura de uma semântica inventiva, instauradora de múltiplos sentidos, preocupada com a estética. Por essas razões, a poesia kolodyana se legitima, à definição de Octavio Paz: "Operação capaz de transformar o mundo, a atividade poética é revolucionária por natureza" (1982:15).
(Poemas
retirados de Viagem no Espelho, de Helena Kolody.)
RESSONÂNCIA
Bate breve o gongo. Na amplidão do templo ecoa o som lento e longo.
FLECHA DE SOL
A flecha de sol pinta estrelas na vidraça. Despede-se o dia.
NOITE
Luar nos cabelos. Constelações na memória. Orvalho no olhar.
SAUDADES
Um sabiá cantou. Longe, dançou o arvoredo. Choveram saudades.
REPUXO
ILUMINADO
Em líquidos caules, irisadas flores d'água cintilam ao sol.
DEPOIS
Será sempre agora. Viajarei pelas galáxias universo afora.
ALQUIMIA
Nas mãos inspiradas nascem antigas palavras com novo matiz.
JORNADA
Tão longa a jornada! E a gente cai, de repente, No abismo do nada.
SEMPRE
MADRUGADA
Para quem viaja ao encontro do sol, é sempre madrugada.
RETRATO ANTIGO
(1988)
Quem é essa que me olha de tão longe, com olhos que foram meus?
VOZ DA NOITE
(1986)
O sol se apaga. De mansinho, a sombra cresce.
A voz da noite
diz, baixinho: esquece... esquece...
A MIRAGEM NO
CAMINHO (1978)
Perdeu-se em nada, caminhou sozinho, a perseguir um grande sonho louco.
(E a
felicidade
era aquele pouco que desprezou ao longo do caminho).
DOM
Deus dá a todos uma estrela. Uns fazem da estrela um sol. Outros nem conseguem vê-la. POESIA MÍNIMA Pintou estrelas no muro e teve o céu ao alcance das mãos.
Fonte: http://www.mundovestibular.com.br/articles/2438/1/VIAGEM-NO-ESPELHO---Helena-Kolody-Resumo/Paacutegina1.html
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