Este blog tem por finalidade incentivar a formação de leitores competentes, e ainda, fomentar subsídios e informações aos colegas, alunos/as, familiares e visitantes em geral. Agradeço sua visita! Geisa
“O espelho e os sonhos são coisas semelhantes, é como a imagem do homem diante de si próprio.” (José Saramago)
PAISAGEM
ORAÇÃO DO DIVINO ESPÍRITO SANTO
OH! JESUS MEU ETERNO PAI DO CÉU, DOCE CORAÇÃO DE JESUS, SOIS O ME REFÚGIO, MEU GUIA, MINHA LUZ QUE ILUMINA TODO MEU CAMINHO, ME PROTEJA, ME AJUDE, ME DÊ ÂNIMO, CORAGEM E MUITA CONFIANÇA. FIQUE SEMPRE COMIGO. DAI-ME UMA PAZ QUE BROTA DO MEU CORAÇÃO. DAI-ME A GRAÇA DE CONSEGUIR FAZER ALGO PARA VOS AGRADAR. DAI-ME FORÇA, A DECISÃO E CORAGEM. ENVIE TEU ESPÍRITO SANTO E TUDO SERÁ CRIADO. NÃO DEIXE TARDAR EM VOS AGRADECER. ILUMINE MINHA MENTE QUE DEVO FAZER. AJUDE QUE EU NÃO ME ESQUEÇA DE VOS AGRADECER. JESUS FIQUE SEMPRE COMIGO. DOCE CORAÇÃO DE MARIA, RAINHA DO CÉU E DA TERRA. SEJA NOSSA SALVAÇÃO. AMÉM
Observação: Esta oração foi escrita por minha mãe em seus últimos dias de vida /1993. Saudades!
Não
me pertence a hierarquia tradicional do trigo,
de
mim não se faz o pão alvo universal.
O
justo não me consagrou Pão de Vida
nem
lugar me foi dado nos altares.
Sou
apenas o alimento forte e substancial
dos
que trabalham a terra,
alimento
de rústicos e animais de jugo.
Quando
os deuses da Hélade corriam pelos bosques,
coroados
de rosas e de espigas,
e
os hebreus iam em longas caravanas
buscar
na terra do Egito o trigo dos faraós,
quando
Rute respigava cantando nas searas de Booz
e
Jesus abençoava os trigais maduros,
eu
era apenas o bró nativo das tabas ameríndias.
Fui
o angu pesado e constante do escravo
na
exaustão do eito.
Sou
a broa grosseira e modesta do pequeno sitiante.
Sou
a farinha econômica do proprietário, sou a polenta
do
imigrante e a amiga dos que começam a vida
em
terra estranha.
Alimento
de porcos e do triste mu de carga,
o
que me planta não levanta comércio,
nem
avantaja dinheiro.
Sou
apenas a fartura generosa
e
despreocupada dos paióis.
Sou
o cocho abastecido donde rumina o gado.
Sou
o canto festivo dos galos
na
glória do dia que amanhece.
Sou
o cacarejo alegre das poedeiras
à
volta dos ninhos.
Sou
a pobreza vegetal agradecida a vós,
Senhor,
que
me fizestes necessário e humilde.
Sou
o milho!
Esse
poema me soa como a própria confissão de Aninha – não a meia confissão,
como consta de Vintém de Cobre – Meias confissões de Aninha, livro que viria
depois, mas uma confissão de corpo e alma inteiros, o milho se revelando através
dos versos de Cora e ela se deixando perceber através dos versos do milho, ele
e Cora em uma identificação perfeita, a grandeza explodindo através da
humildade. Quando irrompe o verso final – “Sou o milho!”, é impossível não
fazer imediata relação com o poema Minha Cidade, que termina assim: “Eu sou
aquela menina feia da ponte da Lapa./Eu sou Aninha.”. Milho que, assim como
Cora, coloca-se de forma humilde, mas doa-se com espontaneidade.
Através de seus versos, o passado revela-se contundente: as
vivências da meninice, com todas as dificuldades de ordem material e emocional,
são marcantes, são quase fotografias do real, tal a sinceridade e a
autenticidade que emana de seus versos, toda sua humildade e simplicidade
perpassadas por uma compreensão da vida e uma sabedoria advindas da experiência
e da maturidade de uma pessoa extremamente sensível e atenta ao mundo que a
cerca. Em Cora, a dimensão individual e a social encontram-se em permanente
intercâmbio, em um casamento perfeito e harmônico, sendo ao mesmo tempo causa
e conseqüência naturais uma da outra, sem entrarem em choque. E apesar da
constante consciência de suas lutas e dificuldades, Cora trafega com
naturalidade entre a realidade e o sonho, as dificuldades e a busca, em suas
dimensões externa e interna.
Olá Geisa, Parabéns pelo blog e sobretudo pela matéria sobre a nossa Cora Coralina. Surpreendeu-me apenas ter ouvido a minha voz no vídeo postado com o poema Oração do Milho, sem qualquer referência ao meu vídeo colocado há muito tempo no You Tube. Confira, por favor.
Convido-a para visitar também o meu blog: www.quincasblog.wordpress.com Cordialmente, Lauro Moreira
Olá Lauro! Obrigada pela visita e convite! Eu tenho certeza que aprenderei muito com você. Parabéns pela voz! Já postei as devidas referências. Desculpe-me, mas tenho muito que aprender ainda. Não sei nem montar vídeos, apesar de incentivar meus alunos nessa arte. Eu ainda chego lá! Rsrsrs... Se quiser me apoiar com outras obras, agradeço desde já. Abraços!
Olá Geisa,
ResponderExcluirParabéns pelo blog e sobretudo pela matéria sobre a nossa Cora Coralina. Surpreendeu-me apenas ter ouvido a minha voz no vídeo postado com o poema Oração do Milho, sem qualquer referência ao meu vídeo colocado há muito tempo no You Tube. Confira, por favor.
Convido-a para visitar também o meu blog: www.quincasblog.wordpress.com
Cordialmente,
Lauro Moreira
Olá Lauro!
ResponderExcluirObrigada pela visita e convite! Eu tenho certeza que aprenderei muito com você. Parabéns pela voz!
Já postei as devidas referências. Desculpe-me, mas tenho muito que aprender ainda. Não sei nem montar vídeos, apesar de incentivar meus alunos nessa arte. Eu ainda chego lá! Rsrsrs...
Se quiser me apoiar com outras obras, agradeço desde já.
Abraços!
Geisa