- 1808 - chegada ao Brasil de D. João VI e da família Real
 - 1808/1821 - abertura dos portos às nações amigas; instalações de bibliotecas e escolas de nível superior; início da atividade editorial.
 - 1822 - Proclamação da Independência. Daí nasce o desejo de uma literatura autenticamente brasileira.
 - 1831 - abdicação de D. Pedro I e início do Período de Regência, que vai até 1840 (maioridade de D. Pedro II); fundação da Companhia Dramática Nacional; início da Guerra do Paraguai até 1840).
 
- a exaltação dos sentimentos pessoais, muitas vezes até autopiedade
 - exaltação de seu “eu” - subjetivismo
 - a expressão dos estados da alma, das paixões e emoções, da fé, dos ideais religiosos
 - apóiam-se em valores nacionais e populares
 - desejo de liberdade, de igualdade e de reformas sociais; e a valorização da Natureza, que é vista como exemplo de manifestação do poder de Deus e como refúgio acolhedor para o homem que foge dos vícios e corrupções da vida em sociedade
 - em alguns casos, fuga da realidade através da arte (direção histórica e nacionalista ou direção idílica e saudosista)
 
Gerações 
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Nomes 
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Principais poetas 
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Principais temas 
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1ª
  Geração 
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Nacionalista
  ou Indianista 
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Gonçalves
  de Magalhães, Gonçalves Dias e Araújo Porto-Alegre 
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Exaltação
  da natureza, excesso de sentimentalismo, amor indianista, ufanismo (exaltação
  da pátria) 
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2ª
  Geração 
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Ultrarromântica
  ou Mal do Século 
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Álvares
  de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela 
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Egocentrismo,
  sentimentalismo exagerado, morte, tristeza, solidão, tédio, melancolia,
  subjetivismo, idealização da mulher. 
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3ª
  Geração 
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Condoreira
  ou Social 
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Castro
  Alves, Sousândrade, Tobias Barreto 
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Sentimentos
  liberais e abolicionistas 
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- Indianismo - uma das formas mais significativas do nacionalismo romântico. O índio é um ser idealizado (nobre, valoroso, fiel), apesar disso demonstra a valorização das origens da nacionalidade.
 - Mal do Século - voltando-se inteiramente para dentro de si mesmos, esses poetas expressaram em seus versos pessimistas um profundo desencanto pela vida. Muitos marcados pela tuberculose, mal que deu nome à fase
 - Condoreirismo - poesia social e libertária que reflete as lutas internas da Segunda metade do reinado de D. Pedro II.
 
- "I Juca Pirama", "Canção do Tamoio", “Os Timbiras” - sentimento de honra e valentia do índio
 - "Leito de folhas verdes", "Se se morre de amor", "Como? És tu?", "Ainda uma vez - adeus!", "Seus olhos" - sentimento amoroso
 - "Canção do Exílio" - solidão, exílio, amor à pátria, retomada por muitos modernistas
 - "O mar", "A noite", "A tarde" - poesias impregnadas de religiosidade sobre a majestade da natureza
 - Livros - Primeiros Cantos (1846), Segundos Cantos (1848), Sextilhas de Frei Antão (1848), Últimos Cantos (1851), Os Timbiras, Cantos (1857).
 
"Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá."  | 
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--Canção
  do Exílio  
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"Por onde quer que fordes de fugida 
Vai o fero Itajuba perseguir-vos Por água ou terra, ou campos, ou florestas; Tremei!..." Os Timbiras "Eu vi o brioso no largo terreiro, Cantar prisioneiro Seu canto de morte, que nunca esqueci: Valente como era, chorou sem ter pejo; Parece que o vejo, Que o tenho nest'hora diante de mi."  | 
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(I-Juca
  Pirama) 
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- "Liras dos vinte anos" - livro-síntese dessa geração pois revela a força lírica e a v ironia romântico-macabra
 - "Macário" - composição livre, meio diálogo, meio narração
 - "O Conde Lopo"
 - "Poema do Frade"
 - "Pedro Ivo" (poemetos)
 - "Noite na Taverna" - prosa narrativa fala da boemia estudantil da época, que era uma forma de protesto e fuga
 
"Mas essa dor da vida que devora 
A ânsia de glória, o dolorido afã... A dor no peito emudecera ao menos Se eu morresse amanhã!" " Quando falo contigo, no meu peito esquece-me esta dor que me consome: Talvez corre o prazer nas fibras d'alma: E eu ouso ainda murmurar teu nome!"  | 
  ||
(Lira
  dos Vinte Anos ) 
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"Pois
  bem, dir-vos-ei uma história. Mas quanto a essa, podeis tremer a gosto,
  podeis suar a frio da fronte grossas bagas de terror. Não é um conto, é uma
  lembrança do passado." 
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  ||
--Noite
  na Taverna  
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"A
  mulher recuava... Recuava. O moço tomou-a nos braços, pregou os lábios nos
  dela... Ela deu um grito, e caiu-lhe das mãos. Era horrível de ver-se. O moço
  tomou o punhal, fechou os olhos, apertou-os no peito, e caiu sobre ela. Dois
  gemidos sufocaram-se no estrondo do baque de um corpo…" 
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  ||
--Noite
  na Taverna  
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"Mais
  claro que o dia. Se chamas o amor a troca de duas temperaturas, o aperto de
  dois sexos, a convulsão de dois peitos que arquejam, o beijo de duas bocas
  que tremem, de duas vidas que se fundem tenho amado muito e sempre! Se chamas
  o amor o sentimento casto e poro que faz cismar o pensativo, que faz chorar o
  amante na relva onde passou a beleza, que adivinha o perfume dela na brisa,
  que pergunta às aves, à manhã, à noite, às harmonias da música, que melodia é
  mais doce que sua voz, e ao seu coração, que formosura há mais divina que a
  dela—eu nunca amei. Ainda não achei uma mulher assim. Entre um charuto e uma
  chávena de café lembro-me às vezes de alguma forma divina, morena, branca,
  loira, de cabelos castanhos ou negros. 
Tenho-as
  visto que fazem empalidecer—e meu peito parece sufocar meus lábios se gelam,
  minha mão se esfria…" 
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  ||
--Macário
   
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"Esse
  amor foi uma desgraça. Foi uma sina terrível. Ó meu pai! ó minha segunda mãe!
  ó meus anjos! meu céu! minhas campinas! É tão triste morrer!" 
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(Macário) 
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- Inspirações do claustro (1855)
 - Contradições poéticas (data incerta)
 
- Camões e o Jau (teatro)
 - Carolina (romance)
 - Camila (memórias)
 - A Virgem Loura (prosa)
 - Primaveras (poesia)
 
"Oh! Que saudades que tenho 
Da aurora da minha vida, da minha infância querida Que os anos não trazem mais!"  | 
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(Meus
  oito anos) 
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- Noturnas (1861), O Estandarte Auriverde (1863), Vozes da América (1864), Cantos e Fantasias (1865), Cantos Meridionais (1869), Cantos do Ermo e da Cidade (1869), Anchieta ou Evangelho na Selva (1875), Diário de Lázaro (1880), Cantos Religiosos (1878) - poesias
 - Ruínas da Glória, Ester, Ina, Cora - prosa
 
"Eras na vida a pomba predileta 
Que sobre um mar de angústia conduzia O ramo da esperança. - Eras a estrela Que entre as névoas do inverno cintilava Apontando o caminho ao pergueiro."  | 
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(Cântico
  do Calvário) 
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- "Espumas Flutuantes" (1870)
 - "A Cachoeira de Paulo Afonso" (1876)
 - "Os escravos" (1883)
 - além das poesias escreveu para o teatro “Gonzaga ou a Revolução de Minas” (1876)
 
"Eras um sono dantesco... O tombadilho, 
Que das luzernas avermelha o brilho, Em sangue a se banhar, Tinir de ferros... Estalar do açoite... Legiões de homens negros como a noite Horrendos a dançar"  | 
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(Os
  Escravos)  
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