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“O espelho e os sonhos são coisas semelhantes, é como a imagem do homem diante de si próprio.” (José Saramago)
PAISAGEM
ORAÇÃO DO DIVINO ESPÍRITO SANTO
OH! JESUS MEU ETERNO PAI DO CÉU, DOCE CORAÇÃO DE JESUS, SOIS O ME REFÚGIO, MEU GUIA, MINHA LUZ QUE ILUMINA TODO MEU CAMINHO, ME PROTEJA, ME AJUDE, ME DÊ ÂNIMO, CORAGEM E MUITA CONFIANÇA. FIQUE SEMPRE COMIGO. DAI-ME UMA PAZ QUE BROTA DO MEU CORAÇÃO. DAI-ME A GRAÇA DE CONSEGUIR FAZER ALGO PARA VOS AGRADAR. DAI-ME FORÇA, A DECISÃO E CORAGEM. ENVIE TEU ESPÍRITO SANTO E TUDO SERÁ CRIADO. NÃO DEIXE TARDAR EM VOS AGRADECER. ILUMINE MINHA MENTE QUE DEVO FAZER. AJUDE QUE EU NÃO ME ESQUEÇA DE VOS AGRADECER. JESUS FIQUE SEMPRE COMIGO. DOCE CORAÇÃO DE MARIA, RAINHA DO CÉU E DA TERRA. SEJA NOSSA SALVAÇÃO. AMÉM
Observação: Esta oração foi escrita por minha mãe em seus últimos dias de vida /1993. Saudades!
terça-feira, 21 de junho de 2011
Vinícius de Moraes (1913-1980)
Marcus Vinícius de Melo Moraes nasceu no Rio de Janeiro (RJ) em 1913. Bacharel em Letras, formou-se também em Direito no mesmo ano em que estreou como escritor: 1933. Cinco anos mais tarde, foi para Oxford, na condição de bolsista mas a explosão da guerra, em 1939, forçou a volta ao Brasil. Ingressou na carreira diplomática em 1943 e em 1946 foi para Los Angeles, como vice-cônsul. Em 1953 compôs seu primeiro samba: era o inicio da atividade que iria absorvê-lo. Alguns anos depois, convidou Tom Jobim para fazer a música do espetáculo Orfeu da Conceição, peça de sua autoria, que viraria depois o filme Orfeu negro, premiado com a Palma de Ouro no festival de Cannes.
Inaugurado dia 22 de outubro de 2003, pela Família de Vinícius de Moraes, página muito bem acabada e completa. Definitiva, sobre a vida e a obra do grande "Poetinha" carioca, aquele que se definia como "O Branco mais preto do Brasil na linha direta de Xangô. Saravá!." Confira o belo trabalho através deste link.
Vinícius já estava no terceiro de seus dez casamentos quando saiu o disco Canção do amor demais, com músicas dele e de Jobim; nesse disco ouvia-se, pela primeira vez, a batida da bossa-nova no violão de João Gilberto, acompanhando a - cantora Elizete Cardoso na música "Chega de saudade", marco inicial do movimento. "Garota de Ipanema", de 1962, é a música brasileira mais gravada no mundo até hoje. Desligado do Itamarati, dedicou o resto de sua vida à música, ao cinema e a shows, tornando-se um dos mais populares compositores do Brasil.
Morreu no Rio de Janeiro, em 1980.
Em sua obra, o poeta expressa, com intensa angústia, a constante oposição entre matéria e espírito, da qual resulta a sensação de pecado. A existência terrena configura-se para ele como o caos, o abismo. Procura no misticismo a solução para esse embate. Esta é a visão de mundo predominante em O caminho para a distância.
Nesse contexto, o amor - pelo fato de vincular o homem ao mundo terreno - tem conotação negativa, de início. No livro seguinte, Forma e exegese, no entanto, o amor começa a assumir o papel de força que permitiria unir o material e o espiritual, sobretudo na figura da mulher idealizada. O poeta começa a desligar-se do plano místico e procura, na realidade do cotidiano, a saída para suas angústias.
Em Ariana, a mulher - longo poema publicado como livro - e Novos poemas, despontam os primeiros sinais de sensualismo e erotismo que mais tarde caracterizarão sua obra.
Meu Deus, eu quero a mulher que passa.
seu dorso frio é campo de lírios
Tem sete cores nos seus cabelos
sete esperanças na boca fresca!
Oh! como és linda, mulher que passas
Que me sacias e suplicias
Dentro das noites, dentro dos dias!
Teus sentimentos são poesia
Teus sofrimentos, melancolia.
Teus pêlos leves são relva boa
Fresca e macia.
Teus belos braços são cisnes mansos
Longe das vozes da ventania.
Cinco elegias é a obra que marca a transição definitiva do misticismo para a realidade do dia-a-dia, nova fonte de inspiração de Vinícius. O mundo circundante oferece agora ao poeta não só a temática, mas a possibilidade de superação dos conflitos da primeira etapa de sua poesia. É o que se observa em Poemas, sonetos e baladas.
A linguagem se modifica, tornando-se mais coloquial, direta, ao mesmo tempo, o poeta recupera a linguagem clássica nos sonetos, considerados em conjunto como a melhor parte de sua poesia.
Soneto de fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure.
Na trajetória de Vinícius, a linguagem grandiloquente dos primeiros poemas vai aos poucos cedendo lugar à expressão mais acessível, mais próxima do cotidiano, mais comunicativa. Adicione-se a isso a inclinação musical do poeta e o resultado é previsível: a música popular torna-se o veículo de comunicação privilegiado. Primeiro, a bossa-nova inicial com letras intimistas e de "fossa". Depois, os afro-sambas - resultantes da parceria com Baden Powell - recuperando raízes culturais do Brasil. Finalmente, as múltiplas parcerias e variedades de temas.
Serenata do adeus (Letra e música de Vinícius de Moraes)
Ai, a lua que no céu surgiu Não é a mesma que te viu Nascer dos braços meus... cai a noite sobre o nosso amor E agora só restou do amor Uma palavra: adeus...
Ai, vontade de ficar Mas tendo de ir embora... Ai, que amor é se ir morrendo Pela vida afora É refletir na lágrima O momento breve De uma estrela pura cuja luz morreu...
Ò mulher, estrela a refulgir Pane, mas antes de partir Rasga o meu coração... crava as garras no meu peito em dor E esvai em sangue todo o amor Toda a desilusão...
Ah, vontade de ficar Mas tendo de ir embora... Ai, que amar é se ir morrendo Pela vida afora É refletir na lágrima O momento breve De uma estrela pura cuja luz morreu Numa noite escura Triste como eu...
Obra
Poesia: O caminho para a distância (1933); Forma e exegese (1935); Ariana, a mulher (1936); Novos poemas (1938); Cinco elegias (1943); Poemas, sonetos e baladas (1946); Livro de sonetos (1957); Novos poemas II (1959); O mergulhador (1965); A arca de Noé (1970).
Prosa: O amor dos homens (1960); Para viver um grande amor (1962) e Para uma menina com uma flor (1966) - crônicas.
Teatro: Orfeu da Conceição (1955); Pobre menina rica (1962) - em parceria com Carlos Lyra.
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