A seguir, uma sugestão de uma peça teatral.
Tema: Meio ambiente
TRIBUNAL DE JÚRI
ABERTURA
Entra
o Juiz Presidente (todos se levantam). O Juiz ocupa seu lugar – (todos se
sentam).
Juiz: Vai ser submetido a
julgamento o processo em que consta nos autos o réu/a ré no Ministério do
Paraná.
Declaro
aberta a sessão.
(Estando
presente o réu o Juiz fará as primeiras perguntas)
Juiz: Qual o seu nome?
Réu: _____________________________
Juiz: Qual a sua idade?
Réu: _____________________________
Juiz: O Senhor tem Advogado?
Réu: Tenho sim Senhor.
Juiz: Quem é?
Réu: Doutor__________________________
Juiz: Determino ao Senhor Escrivão que convide o Advogado a ocupar a
tribuna de defesa.
Escrivão: Este Tribunal convida
ao Doutor______________________, Promotor de Justiça a ocupar o lugar da
acusação.
Promotor: Obrigado Excelência.
Juiz: Agora vamos ao sorteio dos jurados para a formação do conselho
se sentença. Aviso aos jurados sorteados no plenário que não poderão funcionar
como jurados “marido e mulher” ou parentes. Que a acusação e a defesa se
manifestem quanto à aceitação dos jurados sorteados, podendo, cada um, recusar
até três nomes.
Juiz: Senhor___________________________
Doutor: Recuso Excelência. A
família deste moço é dono de uma serraria e ela, com certeza, não estarão
colocando a preservação do meio ambiente em primeiro lugar.
Juiz: Devo a bem de a verdade
lembrar a defesa que basta dizer o nome do jurado até o número de três, não
precisando dizer suas razões.
Juiz: Senhor____________________________
Doutor: Aceito com prazer.
Promotor: A acusação recusa.
Juiz: Esta recusada, obrigado.
Juiz: Senhor____________________________
Doutor: Aceito com prazer.
Promotor: A acusação aceita.
Juiz: Senhor____________________________
Doutor A defesa aceita.
Promotor: Aceito.
Juiz: Senhor____________________________
Doutor: Aceito.
Juiz: Senhor____________________________
Doutor: Aceito com prazer.
Promotor: Aceito.
Juiz: Senhor_____________________________
Doutor: Aceito.
Promotor: Aceito, Excelência.
Juiz: Senhor_____________________________
Doutor: A defesa aceita,
excelência.
Promotor: Aceito.
Juiz: Senhor_____________________________
Doutor: Aceito.
Promotor: Aceito.
Juiz: Peço a todos que se levantem para o compromisso do
conselho de sentença deste Tribunal.
“Senhores jurados em nome da Lei convidam-vos a examinar com
imparcialidade esta causa proferir a vossa decisão de acordo com a vossa
decisão de acordo com a vossa consciência e a justiça.
Jurado: Sr.______________________________”Assim o prometo”
Jurado: Sr.______________________________”Assim
o prometo”
Jurado: Sr.______________________________”Assim
o prometo”
Jurado: Sr.______________________________”Assim
o prometo”
Jurado: Sr.______________________________”Assim
o prometo”
Jurado: Sr.______________________________”Assim
o prometo”
Jurado: Sr.______________________________”Assim
o prometo”
Juiz: Podem sentar.
Juiz: Em seguida o interrogatório do acusado.
O Senhor não está obrigado a
responder as perguntas, mas caso não as responda o seu silêncio poderá
prejudicar sua defesa.
O Senhor conhece as testemunhas?
Réu: Sim.
Juiz: É amigo íntimo, inimigo ou
parente de qualquer uma deles?
Réu: Não excelência, eu apenas o conheço.
Juiz: O Senhor é acusado do
seguinte:
Conforme consta do Inquérito
Policial nº. 010/89, no dia 20 de abril deste ano o Sr, pôs fogo em sua roça de
soja e não tendo tomado as devidas precauções, o fogo alastrou-se para a mata
do bosque da cidade, incendiando dezenas de árvores e matando muitos animais,
ofendendo assim a lei que protege o meio ambiente. É verdade essa acusação?
Réu: É, mas foi um incidente. Porque naquele dia eu só queria queimar
meus dois alqueires de soja, que eu já tinha colhido, para plantar o trigo.
Juiz: Para o
escrivão que digita:
“Às
perguntar respondeu o réu que conhece as testemunhas de acusação e defesa, mas
que não é amigo íntimo, inimigo ou parente de nenhuma delas. Que no dia da
queimada pretendia apenas queimar os restos de sua roça de soja pra o plantio
de outra cultura, não esperando que o fogo espalhasse”.
Juiz: Chamo para
depor a testemunha de acusação. O Senhor____________________
Juiz: Apresente-se
a testemunha de acusação. O Senhor________________ e tome seu lugar.
(a
testemunha entra e senta)
Juiz: O Senhor
Jura dizer a verdade em nome da lei?
Testemunha: Juro
Juiz: O que o
Senhor sabe sobre o crime de destruição do meio ambiente cometido pelo Senhor________________?
Testemunha: Nós somos vizinhos
e quando ela me disse que ia queimar a palha de soja para plantar o trigo eu
avisei que era perigoso e que o fogo poderia se espalhar. Disse também que esta
prática de por fogo na lavoura não se usa mais, isso prejudica muito a
qualidade do solo, além de por em risco nossas matas e animais, põem em risco a
própria vida humana, e que por isso é contra a Lei atear fogo.
Juiz: Pode se
retirar, obrigado. (a testemunha levanta e sai).
Juiz: Chamo para
depor a testemunha, Senhor___________________, pela defesa. Que tome seu lugar
(a testemunha entra e senta).
Juiz: O Senhor Jura
dizer a verdade em nome da lei?
Testemunha: Juro.
Juiz: O que o
Senhor sabe sobre o crime de destruição do meio ambiente cometido pelo Senhor_______________?
Testemunha: Excelência eu
conheço o réu, o Senhor__________________, da escola onde estudamos juntos e
ele sempre foi uma pessoa que sempre ajudou os outros.
No dia que o fogo pulou do sítio dele para a mata do bosque ele fez de
tudo para apagar o fogo até a noite. Eu mesmo vi quantos animais ele ajudou a
salvar. Então eu tenho certeza de que ele não esperava que acontecesse o
desastre que foi o incêndio.
Juiz: Pode se
retirar, obrigado. (a testemunha levanta e sai)
Juiz: Passo a
palavra ao Dr. Promotor lembrando que terá o prazo de 10 minutos para expor
razoes de acusação.
Promotor: Tenho hoje a
oportunidade e satisfação de ter como Presidente desse Tribunal um homem do
mais alto grau cultura e sendo de justiça.
Aceite
Meritíssimo Juiz esta homenagem da acusação. Quero ainda estender minha
homenagem ao Doutor_______________________, brilhante defensor do réu.
Senhores
Jurados: Vossas Senhorias tiveram a oportunidade de presenciar a confissão do
próprio réu que assume o crime de causar a queimada de dezenas de arvores e
morte de vários animais que viviam no bosque de nossa cidade, vizinho de sua
propriedade. Sem dúvida que ao observarmos as provas, concluiremos que o réu
merece ser condenado pela destruição do meio ambiente.
O réu
pode dizer que não teve a intenção, mas devemos proteger nossas matas e animais
pra preservar a própria vida humana na terra. Pois as matas mantêm o equilíbrio
da temperatura do planeta e sem as matas o clima vai tornar-se insuportável.
E é em
nome desse direito que a Promotoria pede a condenação do réu.
Juiz: Aviso que o
tempo de acusação esta esgotado. Passo a palavra ao defensor do réu, Doutor________________,
que também terá o prazo de 10 minutos para fazer sua defesa.
Dr. Meritíssimo
Juiz, aceite as homenagens da defesa no sentido de reconhecer publicamente os
serviços de julgador que Vossa Excelência tem prestado a este estado.
Homenageio
também o Dr. Promotor, ilustre acusador que tão jovem já ocupa tão alto cargo
na justiça paranaense.
Senhores
Jurados: A acusação tentou transformar a ré num verdadeiro monstro, perigoso
para toda a sociedade.
Na verdade este raciocínio é injusto e merece a censura de nossas
consciências.
Carreguem
isso durante o julgamento.
Quando o
réu queimou sua roça ele usou uma pratica que era muito comum na agricultura.
Sabemos hoje que isso somente prejudica o solo e que o manejo do solo mudou
muito. Mas o réu em sua simplicidade só fez o que foi ensinado pelos seus pais
e se crime, então são muitos os criminosos. Alem disso, conforme declarou a
própria testemunha, o Senhor__________________, ele não esperava aquele
resultado e ate ajudou a combater o fogo e salvar a vida dos animais do bosque.
E que tem toda a capacidade para aprender a usar o solo corretamente se lhe for
ensinado.
O maior
crime será o nosso se condenarmos a cumprir pena numa prisão uma pessoa que
sempre agiu corretamente dentro comunidade. Aqueles que vão para prisão nem
sempre sabem de crimes. Mas de lá saem sabendo tudo.
Juiz: O prazo da
defesa está esgotado.
Juiz: O réu
gostaria de dizer alguma coisa?
Réu: Sim,
Excelência. Gostaria de dizer a todos os que me assistem agora que estou no
banco dos réus porque mereço. Quando eu fiz a queimada na minha rocinha eu fui
egoísta e só pensei nas vantagens que eu teria se plantasse meu trigo mais
rápido e com menos trabalho. Não percebia que com isso eu estaria pondo em
risco o meio ambiente e toda a população de nossa cidade e que não devemos por
fogo na terra, pois isso prejudica o solo. Agora eu sei que se todos os
lavradores fizessem isso o nosso planeta verde viraria uma grande bola de
fumaça. Estou pronto a pagar pelo meu erro. Obrigado.
Juiz: Os membros
do corpo de jurado podem se retirar para a sala secreta de onde deverão voltar
com seu veredito. (jurados se retiram para o canto e conversam)
Juiz: Aviso aos
presentes que se qualquer um perturbar a livre manifestação do conselho será
obrigado a deixar o local e pagar uma multa de 100,00 (cem reais).
Jurados: (Depois de
voltarem e sentarem nos seus lugares)
Nós já
temos o veredito, Excelência.
Juiz: Que seja
anunciado o resultado.
Jurados: Por quatro
votos contra três o réu foi considerado culpado pelo incêndio da mata do bosque
de nossa cidade. A vossa Excelência cabe aplicar a pena.
Juiz: Devido ao arrependimento do réu, que reconheceu voluntariamente
seu crime e a sua própria consciência de que é preciso preservar o verde para o
bem estar da humanidade, condeno o réu, o Senhor _____________, a plantar uma
árvore no terreno da escola, na presença de todos, para assim dar o bom
exemplo, ajudar na conscientização da comunidade de que não se deve por fogo na
lavoura e, finalmente, e mais importante, repor as árvores do bosque que foram
destruídas com o incêndio.
(está
encerrada a sessão)
Créditos:
A peça teatral foi escrita
originalmente por mim, Geisa M. M. Mota e adaptada/ dirigida com o apoio do Dr.
Genta em 1992(?). Ela foi apresentada pela primeira vez na gincana na Escola
Estadual 1º de Maio, no município de São Pedro do Ivaí – PR.
Tempos depois apresentamos na gincana
na Escola Estadual “Distrito Mariza”, distrito Marisa em São Pedro do Ivaí, e
em seguida, em São João do Ivaí nas escolas: Escola Estadual do Luar e Escola
Estadual “José de Matos Leão.”
A obra objetiva a conscientização
ambiental. De fato, tal problema, é apenas uma simulação de um tribunal do júri.
Obrigada, bem estruturado e esclarecedor.
ResponderExcluirParabéns! Queria ter me fazer presente para vê-los.
ResponderExcluirMuito boa a dinâmica. Vou utiliza-lá para o Ensino Médio.
ResponderExcluirParabéns pela Excelente dinâmica!
ResponderExcluirObrigada pelos elogios! Não consegui as fotos para ilustrar, pois esse trabalho foi realizado há muito tempo.Essa proposta é muito importante, principalmente se a direção conseguir autorização para levar os estudantes num dia de júri.Fiquem à vontade para implementar o texto! Se puderem, usem a referência. Abraços!
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